VIAGENS NA MINHA TERRA


"Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de Inverno, em Turim, que é quase tão frio como S. Petersburgo - entende-se. Mas com este clima, com este ar que Deus nos deu, donde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal." in
Garrett, Almeida - Viagens na minha terra. Porto: Figueirinhas, 1973

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Phiona Mutesi

De analfabeta a rainha do xadrez

Phiona Mutesi é uma miúda de 16 anos. Nasceu no Uganda, numa favela, Katwe. Quando tinha nove anos, Phiona foi apresentada a um ex-jogador de futebol, Robert Katende. Ele mostrou-lhe um jogo tão estranho que nem sequer tinha um nome no idioma em que ela se expressava: xadrez. Ela sentiu-se atraída pelas figuras das peças. Começou a jogar. Sete anos depois, tornou-se rainha. A história dela deu um livro. A história dela faz sonhar.

Tim Crothers é um jornalista norte-americano que desenterrou Phiona do anonimato. Escreveu um longo perfil, publicado há um ano, no site do canal desportivo ESPN. O texto tornou-se viral. Despertou sentimentos. Puxou pelas atenções.
Crothers descreve assim o ponto de partida desta rapariga que fintou tanta fatalidade:

“Phiona Mutesi é o expoente dos que nunca são favoritos.
  Ser-se africano é estar em desvantagem no mundo.
  Ser-se do Uganda é estar em desvantagem em África.
  Ser-se de Katwe é estar em desvantagem no Uganda.
  E ser-se mulher é estar em desvantagem em Katwe.”





Diz-se que se nasceste em Katwe, hás-de morrer em Katwe, de doença, violência ou negligência”, descreve Crothers, que transformou o longo artigo num texto ainda maior e lançou, há dois meses, um livro sobre Phiona:
The Queen of Katwe: A Story of Life, Chess, and One Extraordinary Girl’s Dream of Becoming a Grandmaster.

A Disney já comprou os direitos. O livro inspira-se no artigo original.



"Queen of Katwe" Ugandan Chess Star: Phiona Mutesi





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